"Lamento que não se cortem cabeças em democracia"
"Sou democrata, mas isso não significa que em democracia não se cortem cabeças" ou que "não exista disciplina", declarou o capitão de Abril, um dos oficiais que estavam no posto de comando do Movimento das Forças Armadas no Regimento de Engenharia da Pontinha (Lisboa).Garcia dos Santos, que intervinha num almoço organizado na Associação 25 de Abril e em que os convidados eram esses oficiais, acusou depois Cavaco Silva de ser "um cobarde e uma nulidade completa".Lembrando o percurso académico, profissional e político de Cavaco Silva, Garcia dos Santos argumentou que o Presidente "sabia perfeitamente como devia pôr cobro à situação que o País atravessa": há cinco anos "devia ter dado dois murros na mesa" e chamado os partidos para se entenderem a fim de resolver os problemas do País.